terça-feira, 6 de abril de 2010
Ilusão
São como borboletas, toques suaves, toques fantasmas, que te embalam e confortam, cada um uma mensagem, cada um uma promessa. E fechas os olhos, não para não veres a luz que entra pelas janelas, sombras de rendas de cortinados floridos escolhidos para aumentar a ilusão; não para fingires que não há mais ninguém, que o jardim está vazio, impávido e ensolarado, como sempre achaste que devia estar; não para não veres a tristeza escondida que sabes existir no rosto de quem te conforta. Não. Fechas os olhos porque queres ser egoísta por uma vez na tua vida, porque queres fingir que acreditas e que vai mesmo ficar tudo bem, que não há mesmo porque te preocupares. Fechas os olhos porque queres ver um rosto diferente do que está tão próximo do teu.
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